Descrição

Margarida Morgado edita mais um livro de poesia, Peregrina de Mim, já muito aguardado pelos seus admiradores, conhecedores da vasta produção desta autora de Évora. Magnífico livro de poesia, de escrita sublime, cuja magia e musicalidade das palavras nos convidam a viajar pelo mundo poético que busca incessantemente o conhecimento do seu eu mais profundo.

Margarida Morgado, nasceu em 1932, em Olhão. Vive em Évora desde os dois anos de idade, altura em que a família se mudou para esta cidade. Em Évora, fez os seus estudos básicos no designado Colégio das Doroteias de Évora, vindo a licenciar-se em Sociologia pelo Instituto de Economia e Sociologia de Évora. Fez pós-graduação em Sociologia de Sistemas Simbólicos na Bélgica. Foi professora em Angola e viveu na Alemanha e em França. Volta a Portugal após o 25 de Abril e em Lisboa trabalhou durante 15 anos na Comissão da Condição Feminina, criada em 1977. A escrita sempre fez parte da sua vida. Edita o seu primeiro livro de poesia em 2003, intitulado “Coisas que terei pudor de contar seja a quem for”. Em 2007 edita “água pródiga”, livro onde reúne grande parte da sua vasta produção poética realizada até à data e não editada. Agora, em 2011, edita o seu terceiro livro, “Peregrina de mim”, onde nos mostra uma expressiva parte do seu trabalho poético realizado durante os últimos três anos, o qual, através dos poemas reunidos pelo editor, revela, segundo o mesmo, a sua parte mais interior, a sua escrita mais intimista.

(…) Magnífico livro de poesia, de escrita sublime, cuja magia e musicalidade das palavras nos convidam a viajar pelo mundo poético da poetisa que busca incessantemente o conhecimento do seu «eu» mais profundo. Através da sua escrita interior, procura responder a cada questão que a Vida lhe coloca, nomeando cada sensação. Toda a sua Poesia é uma panóplia de sentimentos, que traz em si guardada a mensagem que cada ser humano deve sentir e aprender a nomear cada sentimento que mora dentro de si. Como diz Ortega e Gasset: «Caminha lentamente e, não te apresses que onde tens que chegar é a ti mesmo». E, como diz Margarida: «Às tuas perguntas só tu poderás responder». (…)

(…) Escolho a palavra «Peregrina» como palavra-chave para a compreensão do seu livro. Escreve ao sabor do pensamento, sendo a sua poesia de reflexão interna, introspectiva, de grande liberdade (…)

(…) A sua Poesia é comunicativa, um incentivo a assumirmo-nos como somos e deixar de lado as máscaras, viver a Vida, porque é finita. Dar voz aos nossos pensamentos sem medo do olhar do outro, porque somos livres. Margarida aconselha-nos: «Não tenhas medo do medo, esse ladrão de alegria, vive inteiro cada instante do nascer ao fim do dia». (…)

Susana Maria Mamão Pires